No início da minha jornada liderando equipes em agências, confesso que feedback era um assunto pouco debatido. Parecia até algo restrito àquelas reuniões anuais, cheias de formalidade e medo. Mas, com o tempo, observei que negócios que conseguem crescer e se adaptar de verdade são os que abraçam uma cultura de feedback constante e aberta. Hoje, quando penso no trabalho da Ultralize ajudando agências a escalarem de forma sustentável, vejo o quanto esse tema precisa estar na base do negócio.
Por que insistir em feedback constante?
Se tem algo que aprendi na prática é que feedback não é só sobre apontar erros. Ele é uma via de mão dupla e cria um ambiente onde todos crescem juntos. Ao estimular conversas frequentes sobre desempenho, expectativas e conquistas, líderes e times constroem confiança e transparência.
Feedback frequente elimina mal-entendidos.
E não estou falando de elogios vazios nem de críticas duras. O objetivo é guiar as pessoas para evoluírem, sempre de forma respeitosa e construtiva. Aliás, esse tipo de prática está no DNA de quem busca diferenciação, como muitos participantes dos programas de mentoria da Ultralize.
O primeiro passo: líderes precisam dar o exemplo
Se existe uma coisa meio óbvia, mas frequentemente esquecida, é que cultura não nasce num papel colado na parede. Ela começa na atitude diária dos sócios e líderes. Já vi gestores exigindo abertura, mas incapazes de receber crítica sem se fechar; nesse cenário, a equipe logo percebe a contradição. O resultado? Feedbacks desaparecem e o clima pesa.
Então, na minha experiência, estabeleço algumas práticas pessoais:
- Peço feedbacks diretamente à minha equipe, mostrando vulnerabilidade.
- Reconheço publicamente erros, deixando claro que evolução é coletiva.
- Dou retornos específicos, pontuais e sempre olho nos olhos.
Quando a liderança assume essa postura, cria um ambiente onde o diálogo vira rotina, não um evento isolado.

Como estruturar um processo de feedback eficiente
Eu sou fã da simplicidade. Só que, ao mesmo tempo, reconheço que toda rotina precisa ter algum processo para funcionar de verdade. Montei, ao longo dos anos, algumas etapas que considero as mais funcionais para garantir que o feedback aconteça de fato e sem distorções:
- Definir rituais claros: Seja via reuniões semanais, avaliações trimestrais ou conversas rápidas entre tarefas, o importante é que exista um espaço dedicado a isso.
- Treinar a escuta ativa: A equipe precisa ser orientada a ouvir de verdade, sem interromper nem se defender imediatamente. A escuta ativa mostra que a intenção não é atacar, mas construir juntos.
- Focar no comportamento, não na pessoa: O feedback eficiente descreve ações observáveis e seus impactos. Assim, evita o clima de julgamento ou ressentimento.
- Registrar compromissos: Depois de toda conversa, pontos acordados devem ser resumidos rapidamente, até por e-mail ou aplicativo interno, para evitar "disse-me-disse" depois.
- Acompanhar evolução: Nas semanas seguintes, sempre volto ao tema para saber se as mudanças estão aparecendo no dia a dia.
O papel dos feedbacks informais
Muita gente acha que só o que é registrado e marcado em ata importa. Discordo. Boa parte dos melhores aprendizados vem de um comentário rápido no café, de uma sugestão pontual, de um puxão de orelha gentil quando ninguém está olhando.
Essas pequenas doses de atenção, oferecidas na hora certa e sem alarde, valem ouro. Já relatei isso em discussões sobre gestão em conteúdos como este material sobre métodos de gestão.
Incentivos e reconhecimento: feedback não é só apontar o que precisa melhorar
Usar feedback apenas para corrigir atrapalha qualquer cultura positiva. O reconhecimento precisa fazer parte do repertório. Quando você reconhece o esforço real e conquistas, multiplica a sensação de pertencimento.
Na Ultralize, costumo mostrar estudos de caso onde agências cresceram ao adotarem práticas simples, como:
- Celebrar metas batidas em público
- Compartilhar resultados positivos nos canais internos
- Encaminhar ótimos feedbacks de clientes para quem participou do projeto
Inclusive, já escrevi sobre o impacto dessas ações em um artigo sobre liderança saudável.

Como lidar com resistências e transformar o ambiente
Sempre surgem dúvidas sobre como quebrar aquele gelo inicial. Já presenciei desde equipes tímidas até profissionais que interpretam feedback como ataque pessoal.
Costumo trabalhar esses pontos:
- Preparação emocional: Eu dedico tempo para entender o perfil de cada pessoa antes de abordar temas delicados.
- Espaços para ouvir: Às vezes, escutar as dores e preocupações já é 80% da solução.
- Treinamento prático: Simulações internas funcionam bem. Não é à toa que esse tipo de atividade faz parte dos treinamentos da Ultralize.
O ponto é: uma cultura de feedback ganha vida quando deixa de ser obrigação de RH e vira hábito entre todos. Às vezes, o processo é lento, mas é exatamente aí que a mudança real acontece.
Envolvendo todos: feedback 360° e a força da comunidade
Agências que crescem de forma sustentável, como vejo no MBA da Ultralize, tendem a estimular feedbacks em múltiplas direções, o que chamam de "feedback 360°". Não só líderes avaliam times, mas colegas avaliam entre si e até clientes participam.
- Feedback ascendente: Equipe apontando melhorias para gestores.
- Feedback lateral: Troca entre colaboradores que trabalham juntos.
- Feedback externo: Clientes dando retorno sobre entregas.
Esse sistema amplia a perspectiva e constrói uma sensação de comunidade. Já discuti a aplicação disso em mentorias e também em materiais sobre mentoria para agências.
Como mensurar os impactos do feedback
Uma dúvida que sempre aparece: como saber se a cultura de feedback está realmente funcionando? Uso algumas formas práticas para medir.
- Pesquisa de clima e satisfação interna, perguntas simples de 0 a 10.
- Acompanhamento de turnover: menos rotatividade sinaliza ambiente mais saudável.
- Análise do atingimento de metas e qualidade de entregas.
- Observação de mudanças comportamentais e redução de conflitos internos.
Já compartilhei resultados surpreendentes de agências que adotaram esses indicadores em um relato sobre cases reais.
Feedback e visão estratégica: o olhar além da operação
Penso que empresários e gestores que realmente querem sair da operação e olhar a empresa estrategicamente precisam incluir o feedback como ferramenta de liderança.
Aliás, quando falo sobre estratégias de crescimento nas consultorias com agências, costumo afirmar: agências com cultura de feedback têm mais facilidade de inovar e ajustar processos.
Cultura de feedback é base para decisões mais inteligentes.
Conclusão
Não existe receita única para construir uma cultura de feedback em agências, mas acredito que quem decide começar tem mais chances de criar equipes alinhadas, criativas e com resultado sustentável. E, para quem quer aprofundar essa transformação com apoio prático, recomendo conhecer as mentorias, treinamentos e a comunidade da Ultralize. Sair da operação sufocante e alcançar visão estratégica é mais fácil quando se aprende a ouvir, falar e crescer junto.
Aproveite para descobrir como a Ultralize pode ajudar sua agência a criar uma cultura de crescimento real. Venha conversar e dar o primeiro passo nessa jornada!
Perguntas frequentes sobre cultura de feedback em agências
O que é uma cultura de feedback?
Cultura de feedback é o conjunto de práticas e valores que estimulam conversas abertas, constantes e construtivas sobre desempenho e desenvolvimento, envolvendo todos os níveis da empresa. Seu objetivo é criar um ambiente de confiança, alinhamento e evolução contínua.
Como implementar feedback eficaz na agência?
Para implementar feedback eficaz, defina rituais periódicos para conversas, treine a equipe para comunicar e ouvir de forma empática, foque em fatos observáveis e sempre acompanhe a evolução após o retorno. Lideranças devem dar o exemplo, tornando o processo parte da rotina. Adotar ideias de comunidades como a Ultralize pode enriquecer o processo.
Quais os benefícios do feedback frequente?
Feedback frequente aumenta a confiança, previne conflitos, acelera o desenvolvimento de pessoas e impacta positivamente a qualidade das entregas e o clima interno. Além disso, reduz rotatividade e estimula a inovação na agência.
Como dar feedback sem criar conflitos?
Use tom respeitoso, foque em comportamentos e impactos, não ataque pessoas. Prepare o ambiente, evite pegá-las de surpresa em situações delicadas e ofereça sempre oportunidade para escuta. Práticas aprendidas em mentorias, como as da Ultralize, auxiliam neste equilíbrio.
Quais erros evitar ao dar feedback?
Evite generalizações, julgamentos pessoais, falta de objetividade e não ouvir o outro lado. Outro erro comum é usar feedback apenas para criticar sem reconhecer conquistas. Não registrar compromissos e não acompanhar desdobramentos também enfraquece qualquer iniciativa.